Sunday, October 12, 2008

The Rio de Janeiro Scene



Rio is a wonderful venue for outdoor sports. Bicycling, surfing, wind-surfing, kite-surfing, rock-climbing, trekking, etc. But I think it is fair to say that the most beneffited of all outdoor sports here has to be hang-gliding.

We are so fortunate to be able to live inside a very nice hang-gliding site. Where else can you enjoy gliding over a major city and count on many nice landing options?

Without being (much) disturbed by the aeronautical administration, you can enjoy fabulous views, count on generous and frequent smooth coastal lift just to stretch those gliding muscles any day, and perhaps the greatest bonus: there´s a smart cross-country challenge to hone those thermall finding skills and test your mettle as you fly over your home!

I am talking about the ever present desire to make it to the Christ Statue and back. This flight flight is somewhat like a rite of passage for the carioca pilot. After that it becomes your permanent goal while flying in Rio. You try to pick the days with more chances to make it as we well know that the crossing is just not possible more than maybe two days a month on an yearly average. Maybe four a month on the best times of the year.

Well, that being said I post a few pictures of the Rio flying and outdoors scene.

Take-off, circa 1992, showing the Pedra da Gávea on the background. This picture was taken by Chico Santos and shows me on a Keller Hi-Tech harness flying a Moyes GTR.



This next picture I took while mountain biking on the mountains, and shows the Christ agains a backdrop of building thinderstorms, on a North wind day, not possible to take off at Rio´s ramp with that kind of wind.



This next image is a panoramic drawing of Rio´s landscape. Notice the mountain ranges surrounding the South Zone. This is where we mostly fly.



Besides the excellent Nova Iguaçu mountain, the so-called Volcano Sierra, which lies only a 50 minute drive away from São Conrado, but may take another 50 to climb the muddy and slliperry ramp road, and offer the possibility of flying back to Rio, like I did a few times. (check http://flyingfab.blogspot.com/2006/05/nova-iguau-clube-ceu.html)

Also the mountain ranges around Rio are only a 2 hour drive and offer great cross-countrying opportunities. Among these a natural challenge is flying all the way back to Rio and landing on the beach. It´s been done quite a few times. It´s a critical cross because you overfly no-land areas and necessarily break quite a few airspace restrictions too. This is the view from the Petropolis Parque Sao Vicente ramp on a comp day.



These next pics show the getting to the Christ cross.









The fresh formations of a Christ promising day:



This next picture by pilot Nader Couri show a wonderful afternoon base on a excellent Christ day:



I plan to keep adding Rio hang-gliding scene pictures on this post in the future, so check it again sometime!


Below, flying over the Rio ramp on smooth lift.

Thursday, October 09, 2008

Matriz de Regulagem Litespeed

Dicas de Regulagem da Litespeed

(SÉTIMA REVISÃO 12-08-2008)
Tradução: Fabiano Nahoum

Advertência

Você é o piloto de sua asa. É sua responsabilidade saber como está regulada a sua asa. Não modifique a regulagem de fábrica a menos que você esteja preparado para assumir a responsabilidade deste ato.

Créditos

Os pilotos da EQUIPE MOYES contribuíram com seu trabalho, conhecimento e experiência, únicos, para criar este documento sobre as “Dicas de Regulagem da Litespeed”.

Sobre este documento

Uma asa-delta é uma máquina complexa, e regulá-la é uma atividade complexa. Este documento contém parte da sabedoria coletada pelos pilotos da EQUIPE MOYES. É importante entender que esta “sabedoria” não se trata de fatos científicos. Estas “Dicas de Regulagem da Litespeed” são baseadas em experiência, intuição, rumores, e um bocado de superstição. Por favor, tenha isto em mente quando estiver lendo este texto.

Lembre-se também que a mudança de um parâmetro em sua asa irá afetar de muitas maneiras a forma como a asa se comporta; regular uma asa não é como mexer no controle de agudos de seu som estéreo e apenas ouvir os agudos se modificarem. É mais como mexer nos agudos e ouvir os agudos mudarem, os graves mudarem um pouco também, o volume aumentar, e êpa, alguém inseriu um violão no meio de meu disco de Mozart.

Na maior parte dos casos, as “Dicas de Regulagem da Litespeed” apenas contém o que se acredita ser o efeito principal da mudança de um ajuste.

Terminologia

“Dive Strut” é sinônimo de “Sprogs” e foi traduzido como “Recuperador”.

Concentric Ring” é sinônimo de “Excenter” e foi traduzido como “Anel Concêntrico”.

"VG" significa “Variable Geometry” e quer dizer “Geometria Variável” tendo sido traduzido neste texto simplesmente como “Marcha”.

Um aviso sobre Segurança – Leia Atentamente

Performance e Segurança (em termos de estabilidade de momento angular - “pitch stability”) representam dois interesses conflitantes numa asa-delta; através do sacrifício de performance uma asa pode se tornar mais segura, e através do sacrifício da segurança uma asa pode ser levada a desempenhar com melhor performance.

Hoje já não é mais segredo o que faz a diferença: abaixar o ângulo dos recuperadores reduz a segurança e melhora a performance.

Então, o quão baixo ainda é seguro?

Há uma resposta muito simples para isso: a regulagem certificada produz um excelente compromisso entre performance e segurança. É para isso que ela é feita.

O MANUAL FORNECE OS LIMITES PARA A REGULAGEM CERTIFICADA DE UMA ASA - LEIA-O E USE-O!

Eu sou bom, eu sou talentoso, e eu quero ser um piloto de ponta. Até que ponto eu posso baixar meus recuperadores?

Não necessariamente são os recuperadores que têm que ser alterados. Você tem que aprender a regular uma asa para competições com ajuda de um piloto de competição. Isto ocorre porque cada asa é diferente, e uma asa precisa ser regulada pela sensibilidade; esta sensibilidade não pode ser aprendida a partir de um texto como este. Da próxima vez em que você for a uma competição, procure por um piloto da EQUIPE MOYES e não hesite em perturbá-lo com questões. A menos que ele tenha tido um dia ruim, ele ficará satisfeito em ajudá-lo (oferecer uma cerveja a ele pode ajudar também).

Outra idéia é comprar uma asa usada de um bom piloto de competição. Provavelmente a asa está ajeitada e voa bem, especialmente se você comprá-la ao fim de uma temporada de competição.

Há alguma outra forma de aumentar a performance, sem sacrificar a segurança?

Felizmente, há outra maneira de melhorar performance sem diminuir a segurança: certifique-se de solicitar as melhores opções para sua asa, e isto inclui: barras ZOOM, tala de bordo de ataque de carbono (“viagra”), vela de Mylar, canoinha aerodinâmica, e um cinto de última geração. Juntos, estes itens fazem uma grande diferença na performance e é a maneira mais segura de ganhar mais desempenho.

Estratégia de Regulagem

Este capítulo sugere uma estratégia para como aplicar a Matriz de Regulagem da Moyes. Este assunto é altamente subjetivo e pessoal. Se você não gostar de algumas sugestões aqui apresentadas, ignore-as.

Esta estratégia é baseada no pressuposto de que uma asa tem que fazer duas coisas bem: ganhar (térmicas) e tirar.
Dica: mantenha um registro das modificações efetuadas, desta foram é fácil retroceder para uma configuração boa, caso uma nova regulagem não funcione.

Primeiro Passo: Certifique-se de que a asa está simétrica

Verifique sua asa quanto à simetria (veja o capítulo Verificando a Simetria), e ajuste se necessário. Ter uma asa simétrica com o ângulo correto nos recuperadores (de acordo com o manual) é um bom ponto de partida para qualquer atividade de regulagem.

Segundo Passo: Regular para térmicas

Quando enroscando sua marcha está normalmente totalmente solta ou cerca de 1/3 caçada. Isto significa que a vela não é tão afetada pelos recuperadores, os recuperadores tenderão a flutuar dentro da vela, e a vela será mais afetada pelo ajuste dos anéis excêntricos. Tente regular primeiro usando: os anéis excêntricos, a tensão no bordo de ataque e a localização do centro de gravidade (hang-point); para fazer a asa enroscar sem esforço. Como um segundo passo, experimente a curvatura da tala transversal de ponta (evite ter que fazer isso).

Terceiro Passo: Regular para tiradas

Numa tirada a marcha estará normalmente entre ¾ e totalmente caçada. Isto significa que a vela estará pressionando duramente contra os recuperadores de mergulho. Use os recuperadores para ajustar o comportamento de sua Litespeed.

Primeiro você deve fazer a asa enroscar bem (o que é sutil e difícil), para só depois regular a tirada usando os recuperadores (você ganha bastante alavanca ao ajustar os recuperadores). Repita até ficar satisfeito (ou a temporada de vôo acabar).

Quando você fizer um ajuste, procure só mudar uma coisa entre cada vôo. Isto o ajudará a identificar exatamente o que fez a diferença, além de ser mais seguro também.

Outra sugestão é evitar regulagens extremas, no sentido de que você não deve usar todo o potencial de ajuste de um item isolado. Ao invés disso, tente ficar razoavelmente próximo à faixa intermediária do ajuste disponível (por exemplo: em vez de ajustar o anel excêntrico da ponta na rotação máxima - 90 graus - tente fazer algum outro ajuste no anel excêntrico intermediário). Freqüentemente trazer uma regulagem ao seu extremo pode causar efeitos negativos e imprevisíveis; os efeitos mencionados na Matriz de Regulagem são baseados em que a asa esteja, inicialmente, aproximadamente na sua configuração padrão.

A Verificação de Simetria

Este capítulo fornece algumas dicas sobre como verificar a simetria de sua asa. Ter uma asa simétrica é um bom ponto de partida para qualquer atividade de regulagem. Escolha uma superfície plana num lugar sem vento. Reserve pelo menos 2 horas para fazer esta verificação.

1) Antes de montar completamente sua asa, verifique as coisas óbvias:

- Talas de acordo com o gabarito

- Tubos livres de mossas ou dobras

- Talas de ponta de fibra de vidro razoavelmente retas

- Anéis excêntricos na mesma regulagem nos dois os lados (tanto os anéis intermediários como os da ponta)

2) Monte a asa, mas deixe os recuperadores para fora, puxe totalmente a marcha e mova a parte central da vela de maneira a que esta descanse exatamente sobe a quilha e então verifique:

- Olhando a partir do nariz, verifique se as pontas das asas estão com a mesma elevação dos lados direito e esquerdo. Caso não estejam experimente adicionar tensão no bordo de ataque do lado onde a ponta estiver mais baixa. (dica: há uma pequena peça plástica ajustável no conjunto da alavanca de tensionamento da tala de ponta.).

- Olhando a partir da quilha (levante a asa e apóie a ponta da quilha contra seu peito, mova apenas sua cabeça) verifique se a vela está identicamente assentada em ambos os lados.

3) Coloque os recuperadores no lugar e novamente cace toda a marcha e ajeite a seção central da vela para que esta se apóie exatamente sobre a quilha.

- Certifique-se de que as abas internas da vela têm o mesmo comprimento dos dois lados (estas abas são as tiras de tecido presas com velcro existentes entre as superfícies internas do extradorso e intradorso da vela).

- Verifique se os zíperes de cisalhamento de tecido estão fechados de maneira igual dos dois lados (estes zíperes são semelhantes às abas, mas têm o comprimento total da vela; neles há uma marca que tem que estar alinhada identicamente no extradorso e no intradorso).

- Verifique as alturas (ângulos) dos recuperadores, conforme está descrito no manual da asa.

- Verifique a simetria dos recuperadores entre lado esquerdo e direito, há uma maneira eficiente de fazer isso:

1) Tire os recuperadores internos para fora da vela, deixando os recuperadores externos montados. Cace totalmente a marcha. Confirme, olhando a partir do bico da asa, que a vela está igualmente levantada dos dois lados.

2) Recoloque os recuperadores internos montados e retire agora os recuperadores externos. Cace totalmente a marcha. Confirme, olhando a partir do bico da asa, que a vela está igualmente levantada dos dois lados.

3) Faça uma segunda verificação recolocando todos os recuperadores no lugar fechando os zíperes e caçando totalmente a marcha. Apóie a ponta da quilha contra seu peito e ajuste a altura da quilha de forma a que, a partir de seu ponto de vista, a ponta da tala 1 do lado esquerdo esteja exatamente alinhada com a superfície de baixo do bordo de ataque esquerdo. Neste momento vire sua cabeça para o lado direito e confirme se a ponta da tala 1 do lado direito está também alinhada com a superfície de baixo do bordo de ataque direito. Repita esta verificação para todas as talas. Dica: se você perceber que está tendo que contar as talas para ter certeza de que está olhando a tala certa dos dois lados, então isto quer dizer que, provavelmente, sua asa não está simétrica.

- Novamente verifique a altura dos recuperadores (ângulo), conforme descrito no manual da asa.

Anéis Concêntricos

Na Matriz de Regulagem há muita conversa sobre os anéis concêntricos. Confuso? Este capítulo é orientado para tentar esclarecer isto.

A Litespeed é equipada com 4 anéis concêntricos ajustáveis, 2 de cada lado. O anel concêntrico da ponta está localizado na ponta final do bordo de ataque, bem no ponto onde se insere a tala de ponta de fibra de vidro. O anel concêntrico intermediário está localizado bem no limite da junção entre o bordo de ataque e o cross-bar.

A figura abaixo mostra a asa com todos os anéis concêntricos na regulagem neutra:



A próxima figura mostra uma asa na qual os anéis concêntricos da ponta foram rotacionados ao máximo, e os anéis concêntricos intermediários foram rotacionados 10 ou 15 mm (algumas asas são entregues com esta regulagem de fábrica, e alguns pilotos preferem esta regulagem por sua resposta rápida):



A última figura mostra uma asa na qual os anéis concêntricos da ponta estão a 45 graus e os anéis concêntricos intermediários estão rotacionados para baixo 10 ou 15 mm (algumas pessoas acham esta uma boa regulagem para térmicas):



Note como a manipulação dos anéis concêntricos afeta o formato em “V” da asa. Esta é uma das possíveis explicações para o porquê de os anéis concêntricos poderem ser usados para personalizar a intensidade de high-siding necessária. Além disso, mudar os anéis concêntricos intermediários afetará o valor medido para o ângulo do recuperador de mergulho externo. Preste atenção nisto.

Conhecimento Adquirido

- levantadas súbitas de nariz em altas velocidades, com marcha toda caçada, ao entrar em rajadas (térmicas), podem ser consertadas através do abaixamento dos recuperadores externos, de forma a que a ponta da asa, o recuperador externo, o recuperador interno e a quilha estejam aproximadamente alinhados. Levantar os recuperadores externos causará tendência a levantar o nariz enquanto que abaixá-los causará a tendência inversa, ou seja, abaixar o nariz (mergulhar).

- rebaixar os recuperadores externos melhora a maneabilidade uma vez que eles limitam menos o movimento da vela. Esta ação também reduz o panejamento (vibração do bordo de fuga com o efeito do vento) até certo ponto.

- Se a asa voa em linha reta e ambos os anéis concêntricos da ponta estão rotacionados para cima, a asa necessitará de menos high-siding. Se estiverem rotacionados para baixo a asa necessitará de mais high-siding.

- Ao ajustar os anéis concêntricos intermediários obtemos um efeito similar ao mencionado no item acima, mas com uma sensação diferente.

- Se uma asa tem tendência a virar em uma direção, isto se dá frequentemente porque o anel concêntrico de ponta do lado oposto deveria ser rotacionado para cima de forma a contrabalançar a tendida (rotacionar para cima o anel concêntrico de ponta do lado oposto pode ser visto como um “contrapeso aerodinâmico”).

- Para melhor ganhar altura, a asa deve ser regulada de forma a que ela enrosque melhor nas térmicas com 1/3 da marcha caçada (isto é, a asa voará lenta demais com a marcha solta).

- Reforços no bordo de ataque são úteis nos 4 painéis internos (próximos ao nariz). Eles fornecerão uma pressão de barra mais sólida em altas velocidades uma vez que o bordo de ataque se deforma menos. Mas é duvidoso se usar Mylar compensará o aumento de peso; carbono deve ser usado preferencialmente (os reforços de bordo de ataque de carbono estão disponíveis na Moyes).

- Geralmente mais tensão no bordo de ataque fornece melhor maneabilidade e mais performance, porém também maior panejamento. Excesso de tensão no bordo de ataque faz com que as pontas da asa se levantem, reduzindo assim a performance.

- Menos reflexo* (“reflex”) na seção central fornece melhor razão de subida e melhor planeio em baixas velocidades, mas muito menos pressão na barra. Evite isto.


*Reflex, ou “reflexo” numa tradução livre, é o termo que descreve a angulação para cima da parte final das talas transversais mais próximas à seção central da vela (nas Litespeed apenas as talas 1, 2, 3 e 4 apresentam reflexo). O reflexo é um dos parâmetros de projeto que afetam a estabilidade do aerofólio.