Monday, March 09, 2009

The Rio de Janeiro Scene - 2

Yesterday was a beautiful and unexpected flying day in Rio. Meteorology had predicted rains but the cold front pushed away to the ocean and left nice post-frontal conditions that took many pilots to the Christ and back!

I won´t be able to fly for another week or so, because of my bad bruise on my right thigh, accomplished during a bad landing, downwind and hitting the right sidebar full force with my thigh. Ouch!

I took these pictures from my apartment, the one with the gliders was just yesterday, while the other one is a beautiful sunset on the same view, but on a different day.
How many gliders can you spot enjoying the gentle lift over the Pedra Bonita? I counted 19!

 
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Friday, March 06, 2009

Petrópolis - Papucaia, com Caboing no final...

http://www.xcbrasil.org/leonardo/flight/13383

Voo do Parque, com vento Sul na rampa e algumas formações, apesar de o início ter sido batalhado. Nader e Bique se adiantaram e cruzaram sobre a rampa da Siméria, continuando sobre a serra. Eu fiquei pra trás e, depois de pegar uma boa sobre Fragoso, resolvi voar mais aberto. A derivada começou a mostrar que o vôo era de Sudoeste e fui deixando derivar sobre a parte de fora da serra, perdendo contato no radio com o resto da turma.

Comecei a pegar térmicas cadenciadas, e entrei num ritmo de vôo excelente. A condição foi ficando melhor ainda à medida em que eu me afastava da serra. Logo percebi que chegando ao braço da cordilheira que desce ali depois de Cachoeiras de Macacu eu teria que tomar uma decisão: terminar o vôo ou voar por cima da cordilheira, ou tentar contornar pela direita.

Acabei resolvendo terminar o vôo, porque eu não sabia onde aquela cadeia de morros iria dar. Depois de olhar hoje no XC percebo que a melhor decisão teria sido contornar pela direita, mesmo que eu tivesse que pousar numa terra de marlboro que tem ali. Se eu soubesse que já estava me aproximando de Rio Bonito, justamente onde tinha dado o vôo de Sampaio na semana passada, eu teria ficado pilhado para tentar chegar em Rio Bonito. Sinceramente acredito que ontem dava para ter feito Petro-Sampaio, apesar de ter que bater um pouco de través para contornar o braço da serrinha, ou então encarar por cima da serrinha, que achei meio sinistro.

Sobre o pouso, erros e lições:

Ao chegar sobre Papucaia ainda a confortáveis 700mts eu tinha várias opções de pouso, mas cometi erros.


Erro 1: Escolhi um pouso que era ao lado da rodovia e tinha comércio e posto de gasolina nas proximidades. O pouso era relativamente pequeno e no sopé do morro, com uma pequena inclinação. Havia vários pousos gigantescos alguns quiilômetros afastados da cidade, eu poderia muito bem ter pousado num pouso grande e andado até a cidade, ou esperado o resgate.

Lição: Estas palavras eu ouvi do Nader ontem: "Roubada é se machucar. Pousar longe, ter que pegar carona, esperar o resgate até de noite, nada disso é roubada. Roubada é se machucar."

Erro 2: Eu estava muito confiante no meu pouso e completamente convencido de que o vento lá embaixo teria que ser Sudoeste ou perto disso. Ali perto havia várias fogueiras e eu percebi fumaças indo em diferentes direções. Não dei muita atenção e permaneci confiando no vento do Compeo, que acusava, corretamente, que o vento era Sudoeste. Mas as fumaças divergentes deveriam ter me alertado para o fato de que poderia haver rotores ou um vento diferente na camada de baixo.

Lição: Não esperar que o vento esteja como você planejou, usar os indicadores locais até o último momento possível para determinar a direção do pouso.

Erro 3: joguei o paraca de arrasto porque o mato era um pouco alto e eu não queria ter que correr. O paraca de arrasto me trouxe para o chão muito rápido e eu caboinguei no chão sem chance de dar um última flutuada de efeito solo ou tentar correr.

Lição: não jogar o arrasto com vento de cauda, acho melhor tentar um suspiro no efeito solo. Essa é mais difícil porque depois que já jogou o arrasto nem sempre dá pra mudar a direção do pouso.



De fato o vento tinha entrado de cauda. Depois que pousei e fiquei ali sentado percebi que o vento entrava forte de Leste-Sudeste, nos ciclos de térmica ou pelo efeito dos morros ali atrás. Eu achei que estava pousando de Sudoeste limpo e estava pousando de Sudeste rotorizado...

Na hora do pouso lembro de ter pensado "algo não está certo" o chão estava passando depressa e o vento praticamente zerado nos meus ouvidos. Vi que era vento de cauda e que ia crashar. Estolei o máximo que deu e me encolhi.

A asa bateu primeiro com a armação e depois com o leading no chão que era capim com terra um pouco fofa e amorteceu bem. Eu passei limpo com os braços, como já fiz antes sem nenhum problema. Mas desta vez minha perna bateu com muita força na barra direita. Na hora senti muita dor e fiquei até com medo de me levantar e olhar minha perna. Achei que o cabo pudesse ter aberto um rasgo em minha perna, mas logo vi que não era tão ruim. Estava muito inchado mas não saía sangue.

Quando consegui me levantar vi que dava para mancar e consegui sair do cinto e fiquei sentado ali pensando no que fazer. Consegui me levantar e coloquei a asa em pé, nem que fosse para, pelo menos, manter um pouco de elegância. Dei sorte e minha asa ficou intacta, capim com terra meio fofa nem marcou o leading.

Dez minutos depois, dois menininhos, como sempre, apareceram, e eu perguntei a eles se havia algum lugar onde desse para comprar gelo ali por perto. Eles falaram que tinha e eu dei 10 pratas para eles trazerem gelo e 15 minutos depois eu já estava colocando gelo na pancada, o que eu acho que foi fundamental para que eu não estivesse pior hoje.

Na foto abaixo vocês vêem um de meus anjos salvadores, o irmão dele estava tirando a foto.




Na outra foto a volta pela ponte Rio Niterói com um CB no interior à direita.


Vou pensar em fazer para mim uma calça com proteção para a coxa toda, tipo uma “tornozeleira de coxa”. Fiquei muito preocupado de, no caso de um cabo de aço fino como os de nossas asas atuais, cortar nossa perna.

Galera vamos voar com segurança. Desculpem não ter feito minha parte ontem.

Tuesday, March 03, 2009

Triângulo em Sampaio

Galera, decolamos hoje de Sampaio da rampa Norte, por volta de 2 da tarde, eu, Marcello e Enio, e uns outros 15 pilotos de parapa também. O céu estava mais limpo do que aqui no Rio e, por volta de 13 hs, as formações que só estavam aparecendo ao longe, começaram a se aproximar da cordilheira da rampa. O vento era de Norte devagar quase parando, mas entravam ciclos térmicos muito fraquinhos, porém facilmente identificáveis que facilitaram a decolagem, que pode ser arisca em Sampaio.


O Gilson, o Romeo e o João, garoto de 15 anos, decolaram da nova rampa Nordeste que o Gilson desbravou.

Nosso resgate tricolor, o Poder, fez jus à alcunha e montou as asas rapidamente.

Decolamos em sequência, Enio, eu e o Marcello. Enio perdeu o ciclo bom, por questão de segundos, e acabou ficando baixo à direita, eu que decolei 1 minuto depois dele, estava ganhando confortavelmente à direita da rampa, e o Marcello que decolou em terceiro estava mais alto ainda.



Nas fotos abaixo, tiradas pelo Marcello logo após a decolagem, Marcello está mais alto do que eu e eu estou ralando próximo ao morro da decolagem de Norte e de Nordeste. A decolagem de Norte é o grande gramado à direita da foto, e a decolagem de Nordeste é o pequeno descampado que aparece exatamente acima do mosquetão do Marcello.






Logo os parapas decolaram em massa e enroscamos junto com todos eles, que formavam um verdadeiro desenho da térmica, facilitando muito a ganhada inicial.





Eu pensei em tentar repetir o vôo que tinha feito em Sampaio no verão passado, seguindo a cordilheira na direção de Maricá. Com isso fui deixando o vento Nordeste me derivar sobre a cordilheira, tática que mais uma vez funcionou. Quando consegui me manter acima de mil metros deslizando sobre a cordilheira é que fui reparar que o Marcello tinha perdido a derivada e ficara tendo que batalhar na altura da rampa.



Nesta foto Marcello consegue pegar bem o lindo panorama de Sampaio neste dia, notem que as formações estavam bonitas sobre a cordilheira, mas à direita da cordilheira ao fundo, as coisas estavam azuis demais.





Não tive escolha senão seguir meu plano de vôo. Reparei que o fundo da baía estava azul, o que não favorecia cruzar sobre Itaboraí depois de Maricá, e como belas formações de nuvens se aproximavam de Norte, assim que botei 1.300 m achei melhor tentar sair logo da cordilheira e tentar fazer distância. A tática de seguir as linhas de nuvens foi dando certo, não sem alguma batalha.



Uma das vantagens dessa região é que tem muitos urubus e gaviões voando junto. Eles me ajudaram muito neste vôo.A tirada era na direção Norte-Nordeste, e o vento estava vindo exatamente deste quadrante, então o progresso foi um pouco lento.



Na cidade de Tinguá fiquei baixo, mas foi só sobrevoar um pouco a cidade que a térmica me achou. Eu nem tinha reparado na revoada de urubus que estavam subindo embaixo de mim. Enchi o tanque junto com meus amigos penados e fomos para 1.250 m.



Novamente analisei minha opções. Seguir para a direção da serra de Petrópolis parecia impossível porque estava tudo azul naquela direção, onde estava bonito continuava sendo no contravento.



No contravento fui sem saber direito para onde, a sotavento da cordilheira de Rio Bonito, que estava com uma linda formação em cima, mas não daria para alcançá-la porque com certeza ela estava sendo alimentada pelo vento que batia do outro lado. Mesmo assim, como eu ainda estava relativamente alto, tentei sobrevoar o rotor dessa cordilheira na esperança de conseguir entrar de penetra em algum elevador para a base da nuvem. Não deu certo.



Comecei a ficar baixo atrás da cordilheira e quanto mais baixo, mais descendentes, achei melhor sair logo dali e fui para um pouso depois da cidade de Rio Bonito. Novamente usei a tática de voar sobre a cidade. Naquele calorão as cidades no meio de muito verde eram térmicas garantidas. Novamente fiquei alto junto com uma porrada de urubus.



Olhei para o que já tinha feito e pensei se não seria uma boa idéia tentar fechar o circuito ao invés de prosseguir batalhando contra o vento, sem nem saber para onde. A essa altura eu não sabia se os caras tinham recuperado e se já não estavam voando na direção do Rio e o resgate não estaria mais em Sampaio. Mesmo assim, voar a favor do vento me parecia uma grande idéia àquela altura.



Fui voando confortavelmente à direita da Via Lagos. Toda a planície na direção de Búzios estava formada, mas seria sempre de contra vento para chegar naquele playground. Achei melhor tentar pousar no oficial de Sampaio, ou então se ganhasse mais uma na serra na direção de Saquarema, poderia ir pousar na praia.



Mas à medida que me reaproximava de Sampaio chamei no radio e obtive uma resposta falhada que indicava que a galera ainda devia estar por ali. Isso tornou a decisão mais fácil. Já estava bastante cansado e com dor no pescoço e resolvi tirar num L/D folgado até o oficial de Sampaio.

 
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Como sempre, quando a gente já não quer mais voar, tinha muitos urubus indicando térmicas por ali, mas pousei tranqüilo com 2:20hs de vôo, ao lado da galera que me birutou na direção do pouso oficial.


Lição do dia: não perder a primeira térmica. Quem ficava abaixo da rampa não conseguia voltar. Quem passava pra cima comia farofa em Sampaio!



Galera Sampaio é muito seguro de voar, muito bonito e oferece muitas opções de pousos enormes.



Se não engatar tem água de coco gelada perto do pouso e cachoeira ali do lado.